Já desde à muito tempo que vinha a adiar escrever acerca desta incrivel manga. Agora e finalmente chegou a altura:
Sanctuary é a manga escrita por Sho Fumimura e ilustrada por Ryoichi Ikegami publicada no Japão pela Big Comic Superior entre 1990 e 1995. Posteriormente já foi lançado por outras editoras, tendo cada uma delas dividido a história de formas diferentes o que resulta na variação do numero de volumes. Na altura, assim como ainda hoje a manga fez enorme sucesso no publico adulto, pela sua arte arrojada, parecendo reflectir uma América em plena década de 60. Sanctuary tem uma história "atraente" na medida em que mistura conspiração politica com um thriller policial, explorando convenientemente as suas personagens sem nunca levantar demasiado o véu. Cada um dos seus capítulos termina com um momento de tenção, obrigando o leitor a não descolar os olhos do papel. Diria ainda que, o grande forte desta manga é deter duas personalidades extremamente fortes em lugares de destaque, realçando assim as diferenças entre os seus dois protagonistas e ao mesmo tempo a sua perserverança em relação aos seus objectivos.
Akira Hojo e Chiaki Asami atravessaram juntos durante a infância a guerra no Cambodja. Lutaram sempre pela união - sentimento que os acompanhou até ao momento em que se tornaram adultos, ou mesmo até à altura em que regressaram ao Japão, sua terra Natal, e decidiram que juntos o iriam mudar o país. Era evidente para ambos, que haviam regressado a um país de pessoas acomodadas que nada se preocupavam com o futuro. No poder, homens enriqueciam tomando partido de todas as regalias que as suas posições lhes traziam, impedindo desta feita que outros mais jovens e ambiciosos tomassem a rédeas do poder. Hojo e Asami estão decididos a mudar o Japão consagrando-o o seu Santuário particular. Para isso eles tomaram direcções opostas: Hojo torna-se um Yakuza, enquanto que Asami um secretário particular politico. Mantendo-se distantes e ao mesmo tempo tenebrosamente unidos eles embarcam na conquista do Japão.
É notório que Sanctuary recebeu fortes influencias cinematográficas - nomeadamente de filmes de Sergio Leone (de máfia, Gângsters, etc), com exemplo de Once Upon a Time in America. Também fortemente influenciado pela trilogia de Mad Max e aínda pelos filmes de Bruce Lee. São inúmeras as influencia que Sanctuary recebeu do género Film noir, porém teve potencial para chegar aínda mais longe na forma de como retrata o crime organizado no Japão. Tal como O Túmulo dos Pirilampos de Isao Takahaka, Sanctuary também se revela como um grito anti guerra - visto que se alia às crianças para elevar esta problemática. O sexo aqui acaba por ter um lugar de destaque, felizmente nunca é usado tão abusivamente como aconteceu em Crying Freeman (de Ryoichi Ikegami), este que aqui, é mais um complemento ao realismo da história. Com o traço inconfundível de Ikegami é difícil não ficar hipnotizado ao primeiro olhar. E são os amores, os medos, a luta, a coragem, a raiva, a união... todos os ingrediente estão misturados, para fazer deste Sanctuary uma obra verdadeiramente singular. Sem dúvida algo a não perder.
3 comentários:
Desculpe as palavras, + ficou foda essa sinopse....hehe
Maravilha Monster!
=) ainda bem.
tentei dar a minha opinião...
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